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quarta-feira, 29 de abril de 2009

O Melhor Amigo da Noiva - ou de como não há nada de novo

Gente querida deste blog:

Depois de alguns dias encurralados, discutindo vinganças e qualidades de um filme, hoje resolvi ir na locadora pegar um filminho pra ver e depois postar.

Vasculhei as prateleiras atrás de um título que me atraísse até que encontrei exatamente o que casava com meu estado de espírito de hoje: uma comédia romântica, bem água com açucar e com final feliz!

O filme é todo previsível já que repete a fórmula clássica. Um casal que se conhece e briga no início. A briga que faz despertar algo que eles não conseguem entender. O cara que não quer se comprometer e só percebe que está apaixonado quando ameaçado de perder...

ah, uma delícia de filme pra ocupar o tempo num final de tarde, num sábado solitário ou num domingo chuvoso.

O que tem de novo no filme? Nada, ou, talvez, alguma paisagem escocesa e alguns costumes esquisitos daquele país.

Não é um filme que faz pensar, mas cumpre muito bem o seu dever de entreter e, de alguma maneira, fazer acreditar no amor. Daria para entrar numa linda discussão teórica sobre a função catártica do cinema. Mas não vem ao caso. Mais vale fruir a leveza da comédia romântica.

Mas, como sou espírito de porco, ao procurar a ficha técnica da tal "obra" cinematográfica, encontrei uma sinopse que diz o seguinte: "Comédia que segue a linha de 'O Casamento do Meu Melhor Amigo', mas com os papéis trocados. "

Se bem me lembro, no final deste filme, Julia Roberts não consegue conquistar o melhor amigo e termina dançando na festa do casamento com um amigo gay.

Lembro bem da tristeza que me bateu no final, como se só sobrasse para as mulheres que são independentes e resolvidas ficar com os amigos gays. A noiva do melhor amigo era uma "doçura" de boazinha e bem comportada, estava lá só para casar e fazer seu marido feliz.

No filme de hoje, a noiva era uma museóloga bem sucedida, apaixonada pelo melhor amigo que, também apaixonado por ela, não conseguia reconher os próprios sentimentos. Numa viagem de trabalho para a Escócia, ela conhece um Nobre que, montado num cavalo, a ajuda a resolver um problema (qualquer semelhança com o príncipe encantado não é mera coincidência). Ela então abre mão de tudo para se tornar a Esposa...
Este abrir mão de tudo é muito natural no filme, a tal ponto que nem é comentado. Ela apenas volta para os EUA para os preparativos do casamento.

Bom, bom, bom...quanta ideologia conservadora por trás de uma ingênua comédia romântica, não? Realmente, nada de novo.
haha e eu, que comecei a escrever super light, acabo de ficar desapontada com o filme!


Orçamento: US$40.000.000 (estimado)
Títulos Alternativos: Made of Honour
Gênero: Comédia, Romance
Duração: 101 min.
Tipo: Longa-metragem / Colorido

Diretor(es): Paul Weiland
Roteirista(s): Adam Sztykiel, Deborah Kaplan, Harry Elfont
Elenco: Patrick Dempsey, Michelle Monaghan, Kevin McKidd, Kadeem Hardison, Chris Messina, Richmond Arquette, Busy Philipps, Whitney Cummings, Emily Nelson, Kathleen Quinlan, Selma Stern, Sydney Pollack, James Sikking, Kevin Sussman, Beau Garrett